A preocupação com o aumento dos casos de alcoolismo e dependência química tem aumentado muito e tem sido bastante divulgado ultimamente. E não é para menos, pois cada vez mais casos vêm aparecendo e cada vez com pessoas mais e mais jovens. O vício não escolhe faixa etária, classe social ou qualquer outro tipo de distinção entre as pessoas. E se essa preocupação é legítima, outra não menos importante, embora menos divulgada ou percebida, também se alastra pela nossa sociedade. É o vício em toda a parafernália eletroeletrônica que já tomou conta do nosso dia-a-dia.
Obviamente devemos ressaltar as grandes vantagens que nos trouxeram a televisão, o telefone celular e a Internet, isso é indiscutível. Mas também não podemos deixar de lado o quanto nos tornamos dependentes destes meios e o quanto sua falta, mesmo que por pouco tempo nos causa angústia e pavor da mesma forma que a falta de um entorpecente qualquer gera em um viciado. Somos tomados por uma espécie de síndrome da abstinência. Mesmo não esperando nenhuma ligação, o simples fato de esquecer o aparelho de celular em casa é capaz de deixar determinadas pessoas em pânico, outras não conseguem ficar em casa sem ligar uma televisão ou um rádio, com o risco de se sentirem incomodadas ou mesmo deprimidas por isso já que ficar sozinhas com elas mesmas causa-lhes uma sensação de desalento.
E quando ligamos a televisão, o rádio ou acessamos a Internet, na maioria das vezes, o efeito que se dá na verdade é justamente o entorpecimento dos nossos sentidos e o apaziguamento de todas as mazelas que o nosso contato direto com a realidade produziria. O excesso de música acaba não sendo música nenhuma, e o excesso de informação veiculada pela Internet ou pela televisão acaba por fazer com que fiquemos sobrecarregados de informação e não absorvamos praticamente nada. Todo esse excesso só colabora com o nosso empobrecimento interior e atua como um bloqueio ao mundo real, aquele que não queremos encarar frente a frente.
Por isso, passa-se a não se poder diferenciar o trabalhador que ao sair do trabalho passa antes no bar para tomar algumas doses e com isso se amortecer ou anestesiar das chateações que o aguardam em casa ou da falta de sentido identificada em sua existência mundana e a pessoa que não consegue se imaginar sem o acompanhamento dos mais diversos aparelhos eletrônicos para afastar de si a ideia de que sua vida também não tem muito sentido e que pensar sobre si mesmo e sua existência seja algo penoso e sua vida algo sem uma finalidade necessária. E assim o ruído exagerado dos mais diversos meios de comunicação abafa os ruídos da nossa mente inquieta.
Chegamos a um novo e complexo sistema de vícios, mais difícil de diagnosticar, mas não menos prejudicial, pois como esses meios possuem dois pólos, um positivo e outro negativo, é muito complicado distinguir onde termina um lado e onde começa o outro. E essa fuga da realidade pode muito bem ser mascarada com a famosa desculpa que estamos nos mantendo “antenados” com o mundo, evitando ficar por fora daquilo que está acontecendo ao nosso redor. Porém, incutida nessa conduta está o distanciamento desse mesmo mundo, pois assistir ao mundo não significa vivenciar o mundo, e o excesso de informações faz com que a nossa atenção seja diluída de forma a não se concentrar em nenhuma notícia especificamente, simplesmente saltamos de impulso para impulso, de sensação para sensação, de notícia para notícia...
Por fim, ficamos dependentes de todas as sensações e imagens que nos são enviadas o tempo todo. Ainda assim permanecemos cada vez mais alheios ao mundo e a uma compreensão mais profunda daquilo que acontece tanto ao nosso redor quanto dentro de nós mesmos.
Obviamente devemos ressaltar as grandes vantagens que nos trouxeram a televisão, o telefone celular e a Internet, isso é indiscutível. Mas também não podemos deixar de lado o quanto nos tornamos dependentes destes meios e o quanto sua falta, mesmo que por pouco tempo nos causa angústia e pavor da mesma forma que a falta de um entorpecente qualquer gera em um viciado. Somos tomados por uma espécie de síndrome da abstinência. Mesmo não esperando nenhuma ligação, o simples fato de esquecer o aparelho de celular em casa é capaz de deixar determinadas pessoas em pânico, outras não conseguem ficar em casa sem ligar uma televisão ou um rádio, com o risco de se sentirem incomodadas ou mesmo deprimidas por isso já que ficar sozinhas com elas mesmas causa-lhes uma sensação de desalento.
E quando ligamos a televisão, o rádio ou acessamos a Internet, na maioria das vezes, o efeito que se dá na verdade é justamente o entorpecimento dos nossos sentidos e o apaziguamento de todas as mazelas que o nosso contato direto com a realidade produziria. O excesso de música acaba não sendo música nenhuma, e o excesso de informação veiculada pela Internet ou pela televisão acaba por fazer com que fiquemos sobrecarregados de informação e não absorvamos praticamente nada. Todo esse excesso só colabora com o nosso empobrecimento interior e atua como um bloqueio ao mundo real, aquele que não queremos encarar frente a frente.
Por isso, passa-se a não se poder diferenciar o trabalhador que ao sair do trabalho passa antes no bar para tomar algumas doses e com isso se amortecer ou anestesiar das chateações que o aguardam em casa ou da falta de sentido identificada em sua existência mundana e a pessoa que não consegue se imaginar sem o acompanhamento dos mais diversos aparelhos eletrônicos para afastar de si a ideia de que sua vida também não tem muito sentido e que pensar sobre si mesmo e sua existência seja algo penoso e sua vida algo sem uma finalidade necessária. E assim o ruído exagerado dos mais diversos meios de comunicação abafa os ruídos da nossa mente inquieta.
Chegamos a um novo e complexo sistema de vícios, mais difícil de diagnosticar, mas não menos prejudicial, pois como esses meios possuem dois pólos, um positivo e outro negativo, é muito complicado distinguir onde termina um lado e onde começa o outro. E essa fuga da realidade pode muito bem ser mascarada com a famosa desculpa que estamos nos mantendo “antenados” com o mundo, evitando ficar por fora daquilo que está acontecendo ao nosso redor. Porém, incutida nessa conduta está o distanciamento desse mesmo mundo, pois assistir ao mundo não significa vivenciar o mundo, e o excesso de informações faz com que a nossa atenção seja diluída de forma a não se concentrar em nenhuma notícia especificamente, simplesmente saltamos de impulso para impulso, de sensação para sensação, de notícia para notícia...
Por fim, ficamos dependentes de todas as sensações e imagens que nos são enviadas o tempo todo. Ainda assim permanecemos cada vez mais alheios ao mundo e a uma compreensão mais profunda daquilo que acontece tanto ao nosso redor quanto dentro de nós mesmos.
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