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Mostrando postagens de novembro, 2017

Não somos especiais

Não, não somos especiais. Bem que gostaríamos de sê-lo. Toda a nossa existência e nossas relações intersubjetivas estão muito calcadas nessa pretensão. As pessoas não gostam de se imaginar como seres comuns, submetidos às leis e regras genéricas que se aplicam a todos ou, pelo menos, à maioria. Gostamos de nos sentir diferenciados, apartados da plebe, da massa e do vulgo. Geralmente buscamos justificativas explícitas ou tácitas para demonstrar que não nos confundimos com o resto e que aquilo que rege suas vidas não deve se aplicar a nós. E quando nos sentimos tendo o que quer que seja em comum com a maioria lutamos ardentemente para escapar a essa condição. Gostamos de privilégios, de estar em evidência, de receber tratamento VIP e de usufruir daquilo que a maioria não dispõe. No Brasil, principalmente, há uma cultura forte no sentido de crer que a regra só se aplica a quem não consegue de alguma forma fugir dela. As leis são para os que não podem escapar ao seu cumprimento. Nos