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Mostrando postagens de outubro, 2011

O que querem os alunos da USP?

Semana passada presenciamos um fato bastante curioso: Um grupo de estudantes da USP entrou em confronto com a polícia militar nos arredores da faculdade e depois tomaram a reitoria em sinal de protesto. Entretanto, os motivos dessa agitação toda e o mérito da atitude em questão não foram tomados como objeto de debate em nenhuma emissora que eu me recorde. Quais foram os verdadeiros motivos que levaram a toda essa confusão? Ao que parece, e pelo menos até o momento não foi divulgado nem pelas emissoras de TV e nem pelos próprios estudantes argumentos melhores que estes, a confusão se deu porque três estudantes do campus em questão foram abordados pelos policiais militares e foi constatado que os mesmos portavam maconha. Autuados, seriam levados à delegacia para assinarem um termo relatando o fato e seriam liberados. Os colegas, não querendo que esse procedimento fosse realizado, enfrentaram a polícia e iniciou-se a confusão. Depois do enfrentamento, alguns estudantes tomaram a reitoria

A medida do respeito

É muito comum ouvirmos as pessoas dizerem que respeitam os outros na medida em que esses outros também as respeitam. Isso dá a elas uma noção de reciprocidade, de que o outro deve ser responsável e se conscientizar de que para ser respeitado ele deve primeiro se mostrar digno de receber esse respeito. Alguns até falam em alto e bom som: “quem não se dá ao respeito não merece ser respeitado”. Contudo, essa mentalidade não tarda a apresentar complicações. Primeiro, por estarmos sempre esperando que o outro nos demonstre motivos para que possamos dedicar-lhe algum respeito; caso contrário, não o respeitamos. Se exigimos do outro um pré-requisito além do fato dele ser um ser humano assim como nós, que provavelmente deseja ser respeitado na mesma medida em que nós desejamos e também espera de nós alguma atitude inicial considerada digna de respeito, acabamos por criar uma atitude defensiva e restritiva, que no fundo tende mais a afastar o convívio pacífico do que realmente ajudar a propor

Sobre amores e jardins

Costumo comparar a arte de amar e se cuidar dos amores como sendo da mesma espécie dos cuidados que se deve ter ao cuidar de um jardim e das plantas em geral. Uma arte que pede uma sutileza que infelizmente poucos possuem, e, quando a possuem, facilmente a deixam escapar por entre os dedos. O amor, tal qual um jardim, tem que ser cuidado constantemente. Algumas situações pedem um cuidado maior do que outras, assim como determinadas plantas são mais sensíveis do que as demais. Qualquer imprevisto ou choque brusco pode botar uma planta a perder, do mesmo modo que um amor pode ser abalado e perecer por qualquer dano, descuido ou intempéries diversas. Dar a cada planta aquilo que ela necessita e no momento em que necessita só pode ser tarefa para aquele que está em constante contato com ela, que a percebe, intui suas vontades, reconhece suas mais variadas nuances e no tempo certo aplica o remédio, coloca-lhe o adubo, molha suas raízes e folhas. Da mesma maneira, aquele que consegue mant