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Mostrando postagens de janeiro, 2012

O amor que mata

Em tempos em que a todo momento aparecem novas notícias de pessoas que ferem e muitas vezes acabam por matar seus ex-companheiros, principalmente homens que matam suas ex-mulheres e namoradas, alguns questionamentos começam a martelar em nossas mentes: Esse comportamento pode ser considerado mesmo uma consequência do amor? O que leva alguém a cometer um ato deste porte simplesmente por uma ruptura num laço afetivo? A quebra de um vínculo afetivo justifica atitudes deste tipo? O que estaria por trás deste tipo de atitude? Em primeiro lugar, percebemos claramente que existe em nossa sociedade uma ideia distorcida de que o amor é ou doação total e irrestrita, ou achar alguém que te complete e te traga tudo aquilo que falte na sua vida. Aí mora a raiz de todos os problemas, pois quando se considera que amar é se doar totalmente e sem restrições, acaba-se por ceder tudo ao outro e desculpar todo o tipo de deslize e agressão por ele realizada. Assim como a visão de que a pessoa amada é aque

Relacionamentos: jogos de prazer e jogos de poder

Tudo sempre começa muito bem. São as trocas de carícias, elogios e gentilezas; são os passeios de mãos dadas e as juras de amor eterno e fidelidade até que a morte os separe e tudo o mais. Todo mundo já passou por essas experiências ou, pelo menos, já as presenciou alguma vez a vida. A maioria dos relacionamentos que estão começando possui esta base comum. Porém, logo alguém certamente há de ressaltar que isto é típico do começo, e que rapidamente este tipo de comportamento dará lugar a um outro, também muito usual entre os casais, de transformarem a própria vida e da do outro em um verdadeiro inferno. As boas atitudes cedem a vez à insensibilidade e ao desrespeito mútuo. Tudo que havia de bonito parece ruir e escoar aos poucos para fora da relação. E o interessante é que os que isso presenciam já esperam por este desfecho, ou seja, a ideia corrente sobre os relacionamentos é que eles são uma coisa bonita, no entanto fadados a um fim deprimente. Uma espécie de tragédia anunciada. É di

Vivendo de passado

É interessante perceber como boa parte das pessoas ao sentirem-se oprimidas ou receosas quanto ao presente ou ao futuro sempre acabam por se refugiar no passado. O futuro é incerto, o presente muitas vezes é desfavorável, mas o passado já aconteceu, não pode mais voltar, e quando ele não nos traz boas recordações pode facilmente ser moldado consciente ou inconscientemente para se adequar às nossas expectativas e nos parecer melhor do que foi realmente. Refugiar-se no passado oferece segurança e consolo para aqueles que têm medo de encarar a vida e seus percalços, pois no passado encontram uma zona de conforto, onde os acontecimentos desagradáveis podem ser repensados e melhorados de forma a parecer que não foram tão ruins assim, que serviram de aprendizado, que de alguma forma se justificam e que o passado foi bem melhor do que os dias atuais ou mais sólido do que as perspectivas voláteis do futuro. Com base nessa forma de pensar passam a exaltar os antigos amores, o comportamento do