Venho percebendo nos últimos anos uma diminuição gradual do número de pipas no céu durante os períodos de férias escolares. Para quem anda de moto essa notícia não tem nada de ruim, pois o cerol das mesmas pode, e provoca realmente, acidentes graves e que podem acabar em morte. Mas, aquilo que poderia ser visto como algo positivo também pode estar sendo um indicativo de outros fatores culturais bastante relevantes e que apresentam, como tudo na vida, certa quantia de aspectos negativos.
O primeiro deles é que o abandono da brincadeira com as pipas pode estar demonstrando uma perda cultural, já que ela se tornou uma espécie de “tradição” entre os estudantes em férias. Virou quase que um sinônimo de período de férias. Seu abandono, ou mesmo a diminuição de sua prática pode representar em uma perda no sentido em que, simbolicamente, se trata de uma brincadeira que pode ser um fator de integração e interação social e também, quando trabalhada adequadamente, promove uma série de efeitos de valor educativo bastante considerável.
Por exemplo: implicitamente na brincadeira com as pipas opera um sistema de regras e regulamentos que, absorvidos e interpretados de forma correta podem levar o indivíduo a se situar melhor na sua vida adulta. Primeiro: pipa que sobe pode voltar ou não, depois que uma pipa é cortada ela não tem mais dono, ela é de quem a pegar. Segundo: você pode cortar várias pipas e os outros vão ter que lidar com isso ou então a sua pode ser cortada e você não terá mais a posse dela. Isso pode contribuir para que crianças e adolescentes lidem com ideias sobre perdas e ganhos, coisas que inevitavelmente terão ao decorrer de suas vidas. Terceiro: a brincadeira é cheia de gírias relativas ao status das pipas e dos participantes. Cortar uma pipa, ter a pipa cortada, roubar linha dos outros, tudo tem uma gíria específica e introduz os praticantes em um novo jogo de linguagem específico daquela prática.
O problema das pipas, como o cerol e outros, é menos culpa dos participantes do que da própria sociedade, pois esta, no seu desenvolvimento progressivo, não reservou nenhum tipo de espaço específico para esta prática e fez com que os adeptos do hábito de soltar pipas tivessem que dividir espaços com as casas, os fios de alta tensão e as motocicletas. Mas a culpa dos acidentes com os jovens eletrocutados, que despencam das casas e lajes ou dos acidentes que acabam por ferir ou mesmo matar motociclistas sempre recai apenas nas costas dos soltadores de pipas.
Por isso, quando os jovens passam a trocar as pipas pelo vídeo game, coisa que hoje até mesmo as famílias menos abastadas podem possuir, os pais sentem-se aliviados. Com esse simples ato as suas famílias sentem num primeiro momento que ganham em diversos aspectos: Garantem que os filhos não vão se envolver em brigas por causa de pipas na rua, atropelamentos por correr atrás delas sem olhar para os lados, terão os filhos por perto e evitarão que estejam em companhia de pessoas que os pais desaprovam.
Mas essa comodidade, que por um lado é bem útil, também acaba em certos casos acarretando alguns efeitos colaterais. Não raro vemos pais se queixarem de que os filhos estão tão envolvidos com os games que não tem mais vontade de sair e encontrar amigos fora do ambiente virtual, culpando a tecnologia por essa perda em suas vidas e pela falta de convívio social, tornando-as incapazes de interagir com outros na rua, no trabalho, na escola, entre outros lugares. Porém, a iniciativa não foi da tecnologia, foi dos próprios pais, que para ter mais segurança e controle sobre as atividades dos filhos os impuseram um ritmo de vida e um modelo de relação com os demais. E eles aprenderam isso muito bem. Porém aquilo que era conveniente para uma determinada idade acaba por se tornar intolerável para outra faixa etária e com isso os ganhos de um lado acabam por ocasionar perdas por outro.
Assim, nos encontramos em mais uma encruzilhada, pois encontrar um meio termo sempre demanda trabalho e como os caminhos não estão prontos estamos sempre a nos embrenhar no escuro para acharmos o melhor caminho para nos direcionar e conduzir também a vida dos nossos filhos e entes queridos, correndo, a todo momento, o risco de estragar tudo mesmo tendo as melhores intenções.
O primeiro deles é que o abandono da brincadeira com as pipas pode estar demonstrando uma perda cultural, já que ela se tornou uma espécie de “tradição” entre os estudantes em férias. Virou quase que um sinônimo de período de férias. Seu abandono, ou mesmo a diminuição de sua prática pode representar em uma perda no sentido em que, simbolicamente, se trata de uma brincadeira que pode ser um fator de integração e interação social e também, quando trabalhada adequadamente, promove uma série de efeitos de valor educativo bastante considerável.
Por exemplo: implicitamente na brincadeira com as pipas opera um sistema de regras e regulamentos que, absorvidos e interpretados de forma correta podem levar o indivíduo a se situar melhor na sua vida adulta. Primeiro: pipa que sobe pode voltar ou não, depois que uma pipa é cortada ela não tem mais dono, ela é de quem a pegar. Segundo: você pode cortar várias pipas e os outros vão ter que lidar com isso ou então a sua pode ser cortada e você não terá mais a posse dela. Isso pode contribuir para que crianças e adolescentes lidem com ideias sobre perdas e ganhos, coisas que inevitavelmente terão ao decorrer de suas vidas. Terceiro: a brincadeira é cheia de gírias relativas ao status das pipas e dos participantes. Cortar uma pipa, ter a pipa cortada, roubar linha dos outros, tudo tem uma gíria específica e introduz os praticantes em um novo jogo de linguagem específico daquela prática.
O problema das pipas, como o cerol e outros, é menos culpa dos participantes do que da própria sociedade, pois esta, no seu desenvolvimento progressivo, não reservou nenhum tipo de espaço específico para esta prática e fez com que os adeptos do hábito de soltar pipas tivessem que dividir espaços com as casas, os fios de alta tensão e as motocicletas. Mas a culpa dos acidentes com os jovens eletrocutados, que despencam das casas e lajes ou dos acidentes que acabam por ferir ou mesmo matar motociclistas sempre recai apenas nas costas dos soltadores de pipas.
Por isso, quando os jovens passam a trocar as pipas pelo vídeo game, coisa que hoje até mesmo as famílias menos abastadas podem possuir, os pais sentem-se aliviados. Com esse simples ato as suas famílias sentem num primeiro momento que ganham em diversos aspectos: Garantem que os filhos não vão se envolver em brigas por causa de pipas na rua, atropelamentos por correr atrás delas sem olhar para os lados, terão os filhos por perto e evitarão que estejam em companhia de pessoas que os pais desaprovam.
Mas essa comodidade, que por um lado é bem útil, também acaba em certos casos acarretando alguns efeitos colaterais. Não raro vemos pais se queixarem de que os filhos estão tão envolvidos com os games que não tem mais vontade de sair e encontrar amigos fora do ambiente virtual, culpando a tecnologia por essa perda em suas vidas e pela falta de convívio social, tornando-as incapazes de interagir com outros na rua, no trabalho, na escola, entre outros lugares. Porém, a iniciativa não foi da tecnologia, foi dos próprios pais, que para ter mais segurança e controle sobre as atividades dos filhos os impuseram um ritmo de vida e um modelo de relação com os demais. E eles aprenderam isso muito bem. Porém aquilo que era conveniente para uma determinada idade acaba por se tornar intolerável para outra faixa etária e com isso os ganhos de um lado acabam por ocasionar perdas por outro.
Assim, nos encontramos em mais uma encruzilhada, pois encontrar um meio termo sempre demanda trabalho e como os caminhos não estão prontos estamos sempre a nos embrenhar no escuro para acharmos o melhor caminho para nos direcionar e conduzir também a vida dos nossos filhos e entes queridos, correndo, a todo momento, o risco de estragar tudo mesmo tendo as melhores intenções.
As pipas e sim uma tradição cultural mas hoje as pipas estão nomeio mais perigoso para provocar acidentes, e com isso esta acontecendo a diminuição de pipas no céu.Hoje tem ate lei por passar cerol na linha da pipa;que pode levar as pessoas a tomar uma multa ou ate mesmo ser presa.
ResponderExcluircom isso a pipa que era uma tradição cultural hoje esta acabando por causa das tragedias.
E no vídeo game hoje também e uma coisa dedicada por muitas crianças.Mas o vídeo game hoje esta provocando brigas,porque o vídeo game vicia, principalmente os jogos de guerra e lutas; isso esta incentivando as crianças a ficarem revoltadas.Com isso o vídeo game que era uma diversão,esta virando uma coisa fora do limite que só esta fazendo que as criança fiquem revoltadas e isso acaba em brigas.
Michel Patrick de Almeida Gazola
2°B
E.E."Prof.José Aylton Falcão".
Eu também acho que a pipa é uma tradição nacional, mas até as pipas precisam de regras para evitar acidentes, por exemplo o "cerol", ele é o principal causador de acidentes envolvendo pipas, mas já que abolir o cerol nunca vai ser possível em minha opinião, os motokeiros e até mesmo os ciclistas deveriam usar a antena cortante em seu meio de transporte, e deveriam tambem colocar placas avisando os locais proibidos, e quanto aos atropelamentos isso deve ser conversado em casa com os pais, e os filhos na rua eu acho até uma coisa boa, para eles se prepararem contra a violencia, e uma quem nunca saiu no soco um dia na infancia
ResponderExcluire quanto aos videogames é so o pai falar não e pronto e ele que paga as contas e acabou
Richard Santa Rosa Lisboa dos Santos
2ºC
EE Prof José Aylton Falcão
Brincadeira de criança não morre, se transforma. Precisamos acreditar nisso. Se existe criança, existe amanhã. Muito bom ver tanta consciência em nossos jovens.
ResponderExcluirEstou certa de que cultura popular sobrevive.A esperança se renova a cada dia em outras manhãs, e outros sóis que iluminarão nossas tardes coloridas de pipas. ESTRELA DA MANHÃ