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Liberdade e escolhas


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Por que o diferente incomoda?

Vivemos em um mundo globalizado, nitidamente multicultural, multifacetado, onde diversas perspectivas e visões de mundo interagem o tempo todo. Convivemos o tempo todo com pessoas que possuem gostos, preferências, ideias, visões de mundo muito diferentes das nossas e muitas vezes até batemos no peito para enfatizar a “beleza” dessa diferença entre as pessoas. Mas será que esse discurso de exaltação da diferença é mesmo genuíno? A diferença é para nós o tempero que deixa a vida mais saborosa ou aquilo que justamente amarga as nossas bocas e nos tira o bom humor? Quando se pensa nas intermináveis guerras de torcida, acusações entre as igrejas e seus membros sobre qual seria a “mais verdadeira”, a que não “serve ao inimigo”, e outras alegações afins, nos partidos políticos que não se entendem e elevam suas divergências para além do bem da população pela qual deveriam zelar, além de outros tipos de preconceitos quanto ao gosto musical, estilo de se vestir, classe social, cor de pele, orie

Viver é caminhar no escuro

A vida não vem com um manual de instruções. Bem que gostaríamos que ela viesse, mas ela não vem. Por isso passamos boa parte de nossa existência pura e simplesmente tentando achar um sentido para direcionar as nossas forças e energias. Temos necessidade de verdades, de explicações que nos pareçam indubitáveis e confiáveis para guiar os nossos passos. No entanto, a vida parece sentir prazer em nos deixar sempre com uma certa desconfiança a respeito de tudo o que nos cerca e de todas as explicações que nos são apresentadas. Viver é caminhar no escuro, e cada explicação é uma lanterna que nos mostra uma possibilidade de sentido. Porém, cada lanterna possui uma coloração diferente e pinta o mundo que nos apresenta com nuances que não sabemos até que ponto refletem as características desse mundo ou da própria luz por ela emanada. A explicação não só desvenda a realidade, ela também a constrói a sua maneira e de acordo com a sua própria lógica. A lógica da explicação seria a mesma da rea

O ENEM e a nossa falta de educação

O ENEM 2015 despertou algumas questões latentes em nossa sociedade e que, como é hábito em nossa cultura, sempre empurramos para debaixo do tapete os postergamos o seu enfrentamento à luz de um debate mais aprofundado. Para além da discussão sobre a igualdade de gênero e da violência contra a mulher, também se fez nítida a percepção sobre o quanto os nossos representantes, tanto políticos quanto religiosos, tanto quanto a população em geral estão pouco embasados para debater de forma madura e saudável os temas elencados. O que mais choca nas discussões a respeito da necessidade ou não de se abordar este tema na avaliação ou do uso político que dele possa se ter feito não é a abordagem passional que se vê nas ruas ou na Internet, visto que são lugares onde não se espera muito de quem emite seu parecer a respeito disso. O que mais provoca desalento de ambos os lados é ver supostos intelectuais ou pessoas que deveriam ter um conhecimento além do senso comum a respeito do tema digladia