Nas últimas semanas, presenciamos algumas cenas que poderiam ser classificadas como, no mínimo, inusitadas: um bando de políticos ditos sérios atacando o palhaço Tiririca, candidato a deputado federal, por este estar fazendo brincadeiras tidas como inoportunas no horário eleitoral e, ao mesmo tempo, arrebanhando para si as intenções de voto de uma grande massa de eleitores segundo as pesquisas de opinião.
É óbvio que o que incomoda aos outros candidatos não é somente a postura zombeteira do candidato palhaço, mas o fato de seu discurso brincalhão e sem nenhum tipo de proposta consistente no que se refere a saúde, educação, emprego ou qualquer outro tema de interesse público estar atraindo mais a atenção, e claro, os votos, de um elevado número de eleitores. A questão que gera interesse aqui não é somente o chamado “voto de protesto” ou mesmo o voto descompromissado com os interesses públicos, tão alardeado pelos mais variados meios e pessoas em torno do assunto. O que chama a atenção é o baixo patamar em que se encontra a nossa classe política e o que representa, em âmbito mais profundo, a preferência pelo palhaço em vez do candidato sério.
A política no Brasil é tida, na maioria das vezes, como uma atividade de gente corrupta e aproveitadora e, infelizmente, a nossa classe política tem feito muito pouco para reverter esse rótulo que há tempos lhe foi imposta. Portanto, no imaginário popular, está contida a seguinte pergunta: qual é a diferença entre votar em um candidato que promete tudo, mas por experiência esperamos que ele não faça nada, e um palhaço, literalmente, que assume que não tem nenhum objetivo nobre ao assumir o cargo e também não deve fazer nada pelo povo quando chegar ao poder?
E, no suposto conhecimento dos resultados do voto em qualquer um dos candidatos, independentemente da proposta apresentada, achando-se que o desfecho vai ser o mesmo, ou seja, o abandono das questões públicas em função dos interesses privados, partidários ou de qualquer outra natureza, troca-se o voto como uma forma de tentar escolher o melhor candidato, aquele com a melhor proposta por um voto que, para um bom entendedor soa como um verdadeiro grito de socorro: estamos fartos de promessas vazias, de escândalos, corrupção e tantas outros desvios de conduta e falcatruas. E já que a política brasileira parece ter virado uma palhaçada, por que não votar num palhaço?
Vivemos um momento delicado que não pode ser posto de lado ou negligenciado pela classe política brasileira, a situação abre um espaço para um debate sério e contundente: quais os rumos que queremos para a política no nosso país, qual é a cara que nós, políticos, queremos ter perante a população? A de aproveitadores ou de parceiros e legítimos representantes dos mais diversos grupos que compõe a sociedade? Não adianta espernear, o debate não pode ser mais adiado, e para voltar a ser tida como coisa séria a política tem que demonstrar seriedade, senão outros palhaços ocuparão cada vez mais cadeiras no congresso, porque o povo só tem uma arma, o voto, e vai atirar sem rumo e sem descanso até que alguém lhe dê atenção.
É óbvio que o que incomoda aos outros candidatos não é somente a postura zombeteira do candidato palhaço, mas o fato de seu discurso brincalhão e sem nenhum tipo de proposta consistente no que se refere a saúde, educação, emprego ou qualquer outro tema de interesse público estar atraindo mais a atenção, e claro, os votos, de um elevado número de eleitores. A questão que gera interesse aqui não é somente o chamado “voto de protesto” ou mesmo o voto descompromissado com os interesses públicos, tão alardeado pelos mais variados meios e pessoas em torno do assunto. O que chama a atenção é o baixo patamar em que se encontra a nossa classe política e o que representa, em âmbito mais profundo, a preferência pelo palhaço em vez do candidato sério.
A política no Brasil é tida, na maioria das vezes, como uma atividade de gente corrupta e aproveitadora e, infelizmente, a nossa classe política tem feito muito pouco para reverter esse rótulo que há tempos lhe foi imposta. Portanto, no imaginário popular, está contida a seguinte pergunta: qual é a diferença entre votar em um candidato que promete tudo, mas por experiência esperamos que ele não faça nada, e um palhaço, literalmente, que assume que não tem nenhum objetivo nobre ao assumir o cargo e também não deve fazer nada pelo povo quando chegar ao poder?
E, no suposto conhecimento dos resultados do voto em qualquer um dos candidatos, independentemente da proposta apresentada, achando-se que o desfecho vai ser o mesmo, ou seja, o abandono das questões públicas em função dos interesses privados, partidários ou de qualquer outra natureza, troca-se o voto como uma forma de tentar escolher o melhor candidato, aquele com a melhor proposta por um voto que, para um bom entendedor soa como um verdadeiro grito de socorro: estamos fartos de promessas vazias, de escândalos, corrupção e tantas outros desvios de conduta e falcatruas. E já que a política brasileira parece ter virado uma palhaçada, por que não votar num palhaço?
Vivemos um momento delicado que não pode ser posto de lado ou negligenciado pela classe política brasileira, a situação abre um espaço para um debate sério e contundente: quais os rumos que queremos para a política no nosso país, qual é a cara que nós, políticos, queremos ter perante a população? A de aproveitadores ou de parceiros e legítimos representantes dos mais diversos grupos que compõe a sociedade? Não adianta espernear, o debate não pode ser mais adiado, e para voltar a ser tida como coisa séria a política tem que demonstrar seriedade, senão outros palhaços ocuparão cada vez mais cadeiras no congresso, porque o povo só tem uma arma, o voto, e vai atirar sem rumo e sem descanso até que alguém lhe dê atenção.
É, eu, quando assisti as cenas em que o tiririca pediu voto, fiquei rindo muito, pois ele apenas desmetaforizou o que os demais políticos já faziam. Ao menos ele foi bem mais sincero. É como se ele dissesse: "Ei, vocês votam em um monte de palhaço o tempo todo, mas eles não são palhaços, são políticos. São hipócritas! Eu, no entanto, sou palhaço de verdade, votem em mim!"
ResponderExcluirEu só não voto nele, pois não sei se é o personagem ou o próprio ator quem vai, de fato, se tornar político depois das eleições. Mas achei válida a campanha dele.
Não acredito na democracia, acho ela um projeto falido (ao menos no Brasil de agora não podemos sob qualquer aspecto afirmar que vivemos uma democracia).
Mas acredito que algumas coisas poderiam ser feitas...
Parabéns pelo blog e pelos posts!
Eu achei engraçado o Tiririca fazendo sua propaganda eleitoral pedindo votos. É um caso fora do comum, mas pessoas votarão nele assim como em outras figuras que estão aparecendo na política brasileira.
ResponderExcluirPessoas dizem que não há mais político bom e honesto, só ladrão. Nisso vemos a desilusão com a política brasileira, mas o pior não é isso. Acontece que o povo está se acostumando com a roubalheira, porque roubam, fala , fala, arquiva o processo esquece e está tudo normal? então não seria anormal um palhaço na política.
Quanto aos ataques entre candidatos, deveriam ser proibidos por lei.