Observando-se a contradição que parece existir quando se pensa em uma vida feliz e realizada, a saber, a vontade de se acessar um estágio de plenitude, realização e tranquilidade e, ao mesmo tempo, perceber o quanto nos entediamos rapidamente quando atingimos algo que desejávamos ou a rapidez com a qual substituímos um objetivo alcançado por outro ainda por atingir.
Alcançar o meio-termo não é fácil e muitas vezes acabamos nem mesmo aproveitando as conquistas obtidas, perdendo assim a capacidade de nos alegrar com os nossos próprios êxitos e vivendo sempre em busca daquilo que não possuímos, desperdiçando o que temos nas mãos em virtude do que sempre está por vir e que talvez nunca chegue.
Talvez, pensando nas premissas dadas, possamos concluir, percebendo que a vida é um constante processo e que sempre teremos mais e mais atividades a realizar, metas a perseguir, até o fim de nossos dias, que a felicidade seria ter a impressão de que, apesar dos percalços, estamos seguindo o “nosso” caminho, aquele que nos realiza enquanto seres humanos únicos e individuais. Também aquele que é capaz de conciliar os mais diversos âmbitos de nossos interesses, como família, trabalho, amizades, lazer, dentre outros, pois se alguém trabalha em algo que gosta, porém este emprego não é capaz de satisfazer as necessidades de sua família ou as suas próprias provavelmente não se sentirá bem, e o mesmo se poderia dizer daqueles que realizam alguma atividade lucrativa, porém que não lhe satisfaz pessoalmente.
À primeira vista parece uma espécie de utopia tentar conciliar esses fatores objetivos e subjetivos, a sensação de bem estar, o retorno financeiro e a percepção intuitiva de que se está no caminho correto. Uma definição bem pouco científica, mas quando se fala de um tema tão escorregadio como esse, fica difícil manter-se naquilo que é estritamente racional ou demonstrável. Por isso, ainda que incerto da validade universal deste conceito, essa ideia é a que mais parece coerente com uma vida que se possa definir como sendo autenticamente feliz.
Ultimamente a extrema direita percebeu um fato importante, não há comprovação factual ou registros daquilo que eles propagandeiam pela internet aos altos brados, como se se tratassem de verdades reveladas e que de tão preciosas foram propositalmente escondidas dos olhos do grande público. São fatos que supostamente confirmariam todo o seu rosário de alegações, a prova de toda a farsa que supostamente a esquerda teria enfiado nos livros de História e que passaria a limpo o Brasil, trazendo uma nova luz e uma perspectiva totalmente revisada de todo o conhecimento construído, propagado e tomado como verdade tanto pela academia como pelas pessoas comuns. No entanto, um fator interessante se coloca. Ninguém sabe apontar onde estaria essa tão importante fonte de provas que provocaria a reviravolta tão anunciada. Sempre que é feita a indagação a respeito desse ponto as respostas são sempre evasivas e sem fundamentação. Geralmente se diz que a esquerda distorceu os fatos e que construiu u...
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