Os tempos atuais nos trouxeram muitas vantagens e liberdades, possibilidades que até a algum tempo atrás eram inimagináveis. Porém, como tudo na vida costuma ter o seu lado oposto, também nos deparamos com algumas questões que ainda continuam indissolúveis. Uma delas está no que se refere aos relacionamentos, onde variadas possibilidades de sexo fácil e sem compromisso se nos apresentam sem que, com isso, se fique taxado pela sociedade com um rótulo negativo. E não constituir uma família não é mais um tabu, nada que manche a reputação de alguém ou o deixe numa situação vexatória.
Chegamos ao ponto de se chegar a dizer que é besteira o casamento ou qualquer outro tipo de envolvimento mais sério com alguma pessoa, pois escolher uma significa renunciar a todas as outras, e o estímulo ao qual estamos constantemente submetidos é o de aproveitar tudo o que a vida tem para oferecer. Nesse sentido, renunciar significaria perder, deixar de tirar proveito daquilo que a vida tem de bom.
Nesse ponto, chegamos a um impasse. Queremos a comodidade, a segurança e o padrão oferecidos pelo antigo (?) sistema onde cada um escolhe seu parceiro a uma determinada idade e com ele constitui uma vida a dois, uma família. O projeto moderno de se estipular um roteiro, um horizonte de sentido e um rumo na vida baseado no companheirismo entre duas pessoas ainda persiste e com bastante força, mesmo sofrendo os abalos da contemporaneidade. Mas também nos sentimos altamente tentados a não desperdiçar todas as oportunidades de aproveitar as chances que se nos apresentam de obter sexo sem compromisso, sem custo, sem culpa...
E nessa hora temos que optar por uma dessas vias. Uma delas é o instinto, que nos empurra para satisfazer os nossos desejos e deixar de lado as convenções sociais, aquelas regras que nos fazem pensar que se por um lado temos uma pessoa o tempo todo a nossa disposição, também estamos dizendo não a todas as outras com as quais poderíamos ter algo. E o instinto nunca está contente com apenas um se se pode ter mais, ele sempre pede por mais... Para o instinto a monogamia cheira a monotonia. Mesmo sabendo que é praticamente impossível satisfazer a tudo o que se tem vontade, ainda assim ele quer.
Por outro lado, um projeto de vida com vistas a algo mais duradouro, permanente, algo que se possa chamar de família, “vida a dois”, só é possível efetivamente no outro modelo, pois ninguém vai investir todas as suas fichas num relacionamento sem perspectiva de continuidade. Ter um filho, comprar uma casa, se casar ou algo assim parece perder o sentido ou fica muito arriscado se pensamos que estamos fazendo isso com alguém que amanhã ou depois vai estar em outra, transando com outros, morando com outros e se relacionando com outros. Só nos envolvemos mais aprofundadamente com alguém com quem esperamos algo mais duradouro, dificilmente com um “amor de carnaval”.
Nesse aspecto, chegamos a um dilema, pois ambas as possibilidades oferecem vantagens e desvantagens, e qualquer escolha implica uma perda. E perder não é algo com o qual estamos familiarizados positivamente, pois na sociedade que estimula o sucesso em todas as áreas, como é a nossa, abdicar de algo nos parece muito desagradável. E alguns tentam mesmo conciliar as duas partes, na maioria das vezes sem muito êxito, visto que as duas possibilidades automaticamente se excluem. Eis a grande encruzilhada dos seres humanos de hoje em dia: como satisfazer a um sem se doer por estar renunciando ao outro? Existiria mesmo um caminho mais adequado ou causador de menos remorso? Ou a vida é mesmo um jogo irônico onde os deuses se divertem por nos proporcionar situações sem saída e se comprazem vendo o nosso desamparo?
Chegamos ao ponto de se chegar a dizer que é besteira o casamento ou qualquer outro tipo de envolvimento mais sério com alguma pessoa, pois escolher uma significa renunciar a todas as outras, e o estímulo ao qual estamos constantemente submetidos é o de aproveitar tudo o que a vida tem para oferecer. Nesse sentido, renunciar significaria perder, deixar de tirar proveito daquilo que a vida tem de bom.
Nesse ponto, chegamos a um impasse. Queremos a comodidade, a segurança e o padrão oferecidos pelo antigo (?) sistema onde cada um escolhe seu parceiro a uma determinada idade e com ele constitui uma vida a dois, uma família. O projeto moderno de se estipular um roteiro, um horizonte de sentido e um rumo na vida baseado no companheirismo entre duas pessoas ainda persiste e com bastante força, mesmo sofrendo os abalos da contemporaneidade. Mas também nos sentimos altamente tentados a não desperdiçar todas as oportunidades de aproveitar as chances que se nos apresentam de obter sexo sem compromisso, sem custo, sem culpa...
E nessa hora temos que optar por uma dessas vias. Uma delas é o instinto, que nos empurra para satisfazer os nossos desejos e deixar de lado as convenções sociais, aquelas regras que nos fazem pensar que se por um lado temos uma pessoa o tempo todo a nossa disposição, também estamos dizendo não a todas as outras com as quais poderíamos ter algo. E o instinto nunca está contente com apenas um se se pode ter mais, ele sempre pede por mais... Para o instinto a monogamia cheira a monotonia. Mesmo sabendo que é praticamente impossível satisfazer a tudo o que se tem vontade, ainda assim ele quer.
Por outro lado, um projeto de vida com vistas a algo mais duradouro, permanente, algo que se possa chamar de família, “vida a dois”, só é possível efetivamente no outro modelo, pois ninguém vai investir todas as suas fichas num relacionamento sem perspectiva de continuidade. Ter um filho, comprar uma casa, se casar ou algo assim parece perder o sentido ou fica muito arriscado se pensamos que estamos fazendo isso com alguém que amanhã ou depois vai estar em outra, transando com outros, morando com outros e se relacionando com outros. Só nos envolvemos mais aprofundadamente com alguém com quem esperamos algo mais duradouro, dificilmente com um “amor de carnaval”.
Nesse aspecto, chegamos a um dilema, pois ambas as possibilidades oferecem vantagens e desvantagens, e qualquer escolha implica uma perda. E perder não é algo com o qual estamos familiarizados positivamente, pois na sociedade que estimula o sucesso em todas as áreas, como é a nossa, abdicar de algo nos parece muito desagradável. E alguns tentam mesmo conciliar as duas partes, na maioria das vezes sem muito êxito, visto que as duas possibilidades automaticamente se excluem. Eis a grande encruzilhada dos seres humanos de hoje em dia: como satisfazer a um sem se doer por estar renunciando ao outro? Existiria mesmo um caminho mais adequado ou causador de menos remorso? Ou a vida é mesmo um jogo irônico onde os deuses se divertem por nos proporcionar situações sem saída e se comprazem vendo o nosso desamparo?
Bem esse texto é a mais pura verdade...
ResponderExcluirPraticamente estou passando por isso adoro meu namorado,mas ele me pediu em camento ai não da né...(risos) Quero sim me casar contituir uma família,mas quero primeiro me estruturar e aproveitar a vida... Sara