Os abutres estão sempre prontos esperando o animal agonizante não mais oferecer condições de reação para que possam começar a devorá-lo. Isto é válido na natureza como também nas questões políticas e sociais. A diferença é que na sociedade existem muitas espécies de abutres, cada qual com o seu modo de agir e suas táticas particulares para se aproveitar do animal moribundo. Todo momento de crise evidencia a ascensão de um ou outro grupo, mais simpático a cada tipo de desgraça ou às suas causas, oferecendo alguma solução milagrosa para os problemas em troca de apoio da população. Para arrebanhar o apoio popular é necessário criar um inimigo comum, ou pelo menos apontar um responsável pela desgraça que ali se instalou. Assim como na velha história do “bode expiatório”, na antiguidade, oferece-se a saída fácil de que aquele ser específico, ao ser imolado, carregará consigo todos os males e devolverá a paz e a tranquilidade ao grupo. Rodando o mundo vemos os imigrantes, o grupo X ou Y...
Comentários sobre temas cotidianos, não propriamente sob o ponto de vista filosófico, mas sob um viés mais crítico e reflexivo.