Nas últimas semanas, presenciamos algumas cenas que poderiam ser classificadas como, no mínimo, inusitadas: um bando de políticos ditos sérios atacando o palhaço Tiririca, candidato a deputado federal, por este estar fazendo brincadeiras tidas como inoportunas no horário eleitoral e, ao mesmo tempo, arrebanhando para si as intenções de voto de uma grande massa de eleitores segundo as pesquisas de opinião. É óbvio que o que incomoda aos outros candidatos não é somente a postura zombeteira do candidato palhaço, mas o fato de seu discurso brincalhão e sem nenhum tipo de proposta consistente no que se refere a saúde, educação, emprego ou qualquer outro tema de interesse público estar atraindo mais a atenção, e claro, os votos, de um elevado número de eleitores. A questão que gera interesse aqui não é somente o chamado “voto de protesto” ou mesmo o voto descompromissado com os interesses públicos, tão alardeado pelos mais variados meios e pessoas em torno do assunto. O que chama a atenção ...
Comentários sobre temas cotidianos, não propriamente sob o ponto de vista filosófico, mas sob um viés mais crítico e reflexivo.