Muito se fala que a sociedade em que vivemos é individualista, que as pessoas só pensam em si mesmas e não se importam com o próximo. O indivíduo, por definição, “aquele que não se divide”, que possui uma dimensão própria e inconfundível com qualquer outro ser, deveria, com base nessa delimitação de significado, ter uma dimensão pessoal bem definida e isolada dos outros seres. Mas qual é o verdadeiro espaço da individualidade humana em um mundo que nos exige a todo momento que compartilhemos tudo o que se passa conosco seja por fotos, mensagens em redes sociais (que hoje mais se assemelham a diários abertos, bem diferentes dos antigos que eram secretos), comportamentos extrovertidos e isentos de timidez... Enfim, vivemos em um mundo dito individualista, mas no qual não há um espaço reservado para o indivíduo e sua singularidade. Tudo o que se passa com os indivíduos tem que ser imediatamente divulgado seja comentando no Twitter, Tmbler ou Facebook, postando as fotos dos lugares, pessoa...
Comentários sobre temas cotidianos, não propriamente sob o ponto de vista filosófico, mas sob um viés mais crítico e reflexivo.